Pensamentos do tipo: “Espero não ter ninguém em casa para eu tocar meu violão sem ter que lidar com gozação”, ou “Vou chegar mais cedo no escritório para fazer aquela ligação de prospecção para que ninguém ouça caso eu não me dê bem”, ou ainda, “Será que eu coloco esta ou aquela roupa, uso este ou aquele tom de voz…quando encontrar com a pessoa que estou querendo conquistar”, habitam sua cabeça? Se sim, acredite, você é um dependente de aprovação.
Essa dependência é tão prejudicial quanto a de comer compulsivamente que te divorcia da possibilidade de ser saudável.
Tão prejudicial quanto a de drogas, que te divorcia de sua consciência lúcida. Ser dependente de aprovação te divorcia de sua própria autenticidade.
Todos sabemos que nós seres humanos temos um impulso inato de conexão. Estamos constantemente almejando inclusão, afinal, a rejeição nos desencadeia medo. Isso está registrado em nossos arquivos mais primórdios. Na antiguidade, ser expulso ou ficar isolado do grupo de convivência significava risco de perder a vida. O dilema é que mesmo depois de mais de 2000 anos esses registros continuam interferindo em nossas vidas. Nosso comportamento está adaptado para evitar a desaprovação dos outros. Pesquisas mostram que a rejeição ativa diversas regiões no cérebro inclusive partes relativas a dor física. Isso explica nosso desespero por evitar a desaprovação e nossa aversão à rejeição.
Esse caminho viabiliza a percepção da rejeição como possibilidade de revisão do que aconteceu. Lhe dá a chance de você se perguntar se estava realmente sendo você mesmo. Funciona como um scaneamento de si mesmo. Primeiro você lembra o fato e depois verifica o que estava sentindo e pensando. A seguir você verifica se o que disse e a maneira como agiu. Se estavam alinhados ao sentimento e ao pensamento anteriormente relembrado.
A partir deste ponto se abrem duas possibilidades.
A primeira é perceber que esta pessoa que está te rejeitando não compreende ou não quer lidar com sua verdadeira versão. Você utiliza toda sua compaixão para continuar a convivência com ela. Ou escolhe manter uma distância saudável para preservar a si mesmo e a relação.
A segunda possibilidade é você perceber tudo isso e querer realinhar profundamente sua relação com esta pessoa propondo que vocês revejam as expectativas mutuamente. Desta maneira ficará claro que o que ela rejeitou de você é uma parte sua que você não pretende abrir mão.
Um atalho para fazer estas pazes com a rejeição é abraçar sua mentalidade de crescimento constante. Isso acontece quando você determina que irá cuidar de sua autenticidade como uma habilidade a ser desenvolvida ao longo do tempo através de treinamentos e vivências de autoconhecimento, leituras sobre autoestima e autoconfiança. Esta opção nos conecta com a consciência de que todos os dias estamos vivendo nosso pleno potencial dentro do contexto que estamos, com as ferramentas que adquirimos até o momento. Isso nos deixa mais propensos a nos desafiarmos e paramos de perceber o feedback e a rejeição como um sinal de desaprovação ou de fracasso.
Ao entender que há um abundante espaço para crescimento, melhoria e sucesso, nos afastamos da necessidade constante de validação.
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Como praticar o pertencimento? Você fica feliz quando percebe que alguém gosta de você? Você se preocupa com o modo como as pessoas te veem? Você gosta de ser como você é?
Somos seres sociais, influenciamos e somos influenciados constantemente uns pelos outros. Não haveria nenhum mal nisso se a gente não ultrapasse nossos limites de verdades e valores.
Necessidade de pertencimento faz parte da nossa natureza, mas você precisa ficar atenta para permanecer no lado bom do “fazer parte”, se sentir integrada e contribuir com as pessoas ao seu redor do mesmo modo que reciprocamente as pessoas contribuem também com você. Afinal, a indiferença ou o excesso de segurança também não são legais. Um extremo leva para estagnação e o outro pode levar à submissão. Nenhum dos dois é saudável.
Por pertencimento já vi pessoas fazerem coisas impressionantes, como:
Tudo isso foi impulsionado pelo desejo de ser aceita, de ser amada, de ser reconhecida e de querer manter uma situação aparentemente confortável. Se você não ficar atenta, pode ser que você passe a se adaptar, se adaptar e se adaptar até não aguentar mais. Afinal, requer muito esforço e demanda muita energia atender a essa demanda.
Isso não acontece só na vida pessoal e familiar, isso acontece muito no trabalho e nas relações profissionais. E é assim que se formam equipes improdutivas e superficiais, em que algumas pessoas mantêm suas forças focadas apenas em garantir o seu lado e não pensam em quem está em volta, nem na empresa.
Então, a melhor coisa a se fazer é abrir mão dessa personagem que neste momento encarna em você e começar a assumir sua autenticidade e sua espontaneidade. Com certeza você é bem melhor do que a personagem que vem interpretando. Ou você não acha que interpreta personagem alguma? Então comece a observar as pessoas com as quais você mais convive e irá perceber o quanto isso é comum e o quanto isso mina a maior potência que essa pessoa que você conhece tem.
Se você quer mudar esse cenário, faça um acordo para atender à sua primeira necessidade de pertencimento: aceite quem você é para pertencer a si mesma. Topa o desafio?
Como colocar seu plano em ação
É uma característica do ser humano nunca estar satisfeito. Em algum momento, todos nós sentimos que precisamos mudar alguma coisa em nossas vidas. Se você se questionar enquanto está lendo este artigo, “o que é que não está legal na minha vida pessoal ou na minha carreira?”, certamente irá encontrar uma resposta – ou várias!
Seu relacionamento amoroso poderia ter mais cumplicidade?
Gostaria de ficar mais tempo com seus filhos?
De ganhar mais dinheiro, trocar de carro, viajar mais?
Ser admirado profissionalmente ou reconhecido pelo seu engajamento em projetos sociais?
E quanto aos resultados. Já teve a impressão de que todos ao seu redor conquistam o que desejam e você não?
Por que isso acontece? Você sabe o que realmente deseja e como alcançar os melhores resultados?
Quantas vezes já ouvi pais e mães falando de seus filhos gêmeos ou não que receberam a mesma educação e se tornaram totalmente diferentes?
Isso também acontece no âmbito corporativo. Em alguns casos, empresas do mesmo segmento, com características e estilo de gestão semelhantes alcançam resultados divergentes.
Qual será a explicação para essas situações? Uma primeira hipótese pode ser a forma como cada um negocia com suas próprias expectativas, a maneira como elenca seus objetivos, a qualidade do monitoramento durante as atividades e a definição dos resultados a serem alcançados.
A segunda, recai sobre o foco, a energia, persistência e a determinação aplicados durante o processo de execução de qualquer projeto. Como diz um amigo meu: “as pessoas não falham, elas desistem”.
Devemos encarar nossas insatisfações e resultados não tão bons pelo lado positivo.
O ideal é que a insatisfação venha atrelada ao desejo de mudança. Quando somos capazes de identificar o que queremos, o passo seguinte é escolher os resultados que vamos buscar.
Temos a tendência de entender a insatisfação como algo negativo, o que é bastante compreensível, já que esta emoção pode paralisar, gerar conflitos ou até despertar vontade de fugir de uma situação difícil.
Se você tiver claro o que realmente deseja alcançar na sua vida pessoal e profissional, a insatisfação será apenas a energia que irá te impulsionar no processo de aperfeiçoamento.
Através de autoconhecimento e dedicação, você pode determinar a qualidade dos resultados das suas ações. Não perca tempo!