Todos temos uma questão que fica latente dentro de nós, de maneira mais inconsciente do que consciente, mas que precisa ser respondida para que nossa vida faça sentido. O tempo inteiro, em todas as nossas escolhas, nas interações com outros seres humanos e nas nossas atividades em geral, precisamos responder a pergunta que nunca quer calar: “O QUE EU GANHO COM ISSO?”
De fato, todos nós precisamos sentir que estamos ganhando algo – mesmo que não seja material - com tudo que fazemos em nossas vidas. “Ganhar algo” significa que as nossas escolhas e atividades estão fazendo sentido para nós. Por exemplo, por que trabalho social é tão estimulante? Parece que não estamos ganhando nada, que só estamos nos doando, não é? Mas não, estamos ganhando e muito: a satisfação de nos sentirmos melhor, a sensação de sermos importantes na vida de alguém, a relevância à medida que ajudamos outras pessoas, reconhecimento, entre outros diversos ganhos abstratos que nos completam e fazem sentido para nós, seres humanos.
Um ponto bem importante, quando estamos interagindo com as outras pessoas, é a percepção se o outro também está ganhando ao se relacionar com a gente. O que estamos oferecendo de bom? Está fazendo sentido para a outra pessoa interagir com a gente? Portanto, também é importante que haja uma troca, uma reciprocidade e que agreguemos valor à vida das pessoas.
Muitas pessoas só pensam no que vão ganhar, mas, para termos prosperidade e boa saúde nas nossas relações, é importante compreender bem a relação e o equilíbrio entre dar e receber. Não podemos ser tão soberbos a ponto de querermos apenas dar e nem egoísta a ponto de querermos apenas receber.
Logo, quando refletimos sobre o que estamos ganhando com nossas escolhas, nossas atividades e nossos relacionamentos, é importante que também pratiquemos a empatia e percebamos o que as pessoas estão ganhando interagindo com a gente. O importante é lembrar que o que traz a sensação de estar tudo ok, é mantermos a nossa intenção no “jogo do ganha-ganha”.