A autenticidade é um músculo

A AUTENTICIDADE É UM MÚSCULO
Quando comecei a pensar em autenticidade, fui buscar bibliografias a respeito do assunto e para minha surpresa e desespero encontrei muito pouco a respeito.
Por um lado isso foi ruim, mas por outro foi ótimo, pois tive a possibilidade de começar a pensar o que é a autenticidade pra mim.
Durante essa busca minha amiga Suely, em uma das sessões de escuta ativa, um trabalho que ela faz com maestria e que me ajudou a ir fundo nessa busca me fez a seguinte pergunta: Qual foi a primeira vez que você que eu havia sido autêntica na minha vida. E passou um filme na minha cabeça, pois desde que eu me conheço por gente eu sempre vivi para agradar os outros, realizar o que esperavam que eu realizasse, para agir conforme os outros achariam que eu deveria agir.
Vasculhando minha primeira memória a primeira lembrança que tive de ter tido uma atitude realmente autêntica, é de quando eu tinha 23 anos e resolvi mudar de cidade.
E de maneira consciente a primeira vez que me deparei com o sentido desta palavra em minha vida foi numa sessão de curadoria do conhecimento com Roberto Straub.
A impressão que tenho é que autenticidade é um Músculo invisível ou um músculo emocional que nasce pronto, forte e disponível dentro dentro da gente, mas a partir da nossa criação e da modelagem que vamos recebendo para nos adaptar ao mundo em que vivemos esse músculo vai
ficando subutilizado, por medo dos pais e com o objetivo de nos proteger eles tentam inconscientemente desprezar a existência deste músculo nos bebês e crianças fazendo com que fique praticamente paralisado e por conta do não uso gerado pelo excesso de controle externo em conjunto com a falta de força de se posicionar ele passa a não cumprir sua função. Depois de crescermos um pouco e de começar a observar o mundo e nos deparar com nossas próprias
vontades que as vezes podem ser contraditórias as que nos foram disponibilizadas, começamos então a procurar dentro da gente que recursos usar para viver conforme realmente desejamos e consciente ou inconscientemente nos deparamos com a busca ou resgate pela nossa autenticidade. Se compararmos a autenticidade a um músculo, podemos dizer que ele é composto por um conjunto de fibras, entre elas por exemplo:
a transparência
a apropriação
a empatia
a vulnerabilidade
Ainda pensando em autenticidade como músculo, ele funciona, mas não é visto de maneira direta, tem sobre ele uma camada de gordura, a pele e os pelos, a autenticidade é também assim, não é vista diretamente, tem sobre ela as palavras que emitimos em nossa relação com os outros, um
conjunto de sentimentos e por fora nossa atitude. Por isso é eu penso que a autenticidade em sua essência muitas vezes não é contemplada conscientemente mas sua ausência gera estranheza, como um músculo flácido, e sua presença gera consistência que consequentemente emite sinais de confiança, compreensão, congruência e estabilidade, como um músculo fortalecido.
Então quanto mais usarmos este músculo de maneira consciente, mais ele se fortalecerá e estará disponível para ser utilizado em todos os momentos.

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