Não estamos sob o domínio das emoções o tempo todo. As emoções vêm e vão.
Ou seja, em uma situação, podemos sentir determinada emoção e, em outro momento, pode ser que não sentiremos nada.
Até as pessoas mais emotivas têm momentos que não estão sentindo nada.
Então, por que nos emocionamos?
O especialista no assunto, Paul Ekman, traz uma resposta muito boa:
“As emoções se desenvolvem e nos preparam para lidar rapidamente com eventos
essenciais de nossas vidas.”
Perceba que as emoções possuem uma função, porém, por elas virem sem avisar, pode ser que não consigamos controlar cada uma da forma adequada.
E como olhamos para as emoções dos outros?
Quando olhamos para alguém que parece ter controle sobre as emoções, sabe como conduzir a vida, corremos o risco de supervalorizá-la e esquecer de que todo mundo possui uma história de conquistas e derrotas. Por isso, quero deixar um conselho, inspire-se em pessoas assim, mas não as coloque em um pedestal. Afinal, todo mundo possui seus amores e dissabores. Busque conhecer quais são, aprenda com a história do outro, respeitando a sua individualidade.
Para mim, uma das belezas das relações está justamente nisso: quando vejo alguém que parece ser uma pessoa bem resolvida, sei que há uma grande possibilidade de existir muitas marcas e, busco saber como ela lidou com os desafios para me inspira a continuar prosseguindo e evoluir cada vez mais.
Quando aprendemos o nosso lugar no mundo com a ajuda do outro, descobrimos que a vida pode ser vivida de forma mais leve.
Você percebe quando suas emoções chegam?
Dificilmente conseguimos perceber quando as emoções chegam. Isso, porque elas surgem em função de algum evento repentino. Pode ser a possibilidade de um risco, uma fala de outra pessoa que desperta sentimentos ruins da nossa memória ou qualquer outra situação.
Seria mais fácil de controlar as emoções se conseguirmos prever quando elas estão surgindo. Mas a primeira boa notícia é que algumas emoções são necessárias para a nossa sobrevivência.
Por exemplo, imagine que você está andando e usando o celular. Uma situação de risco, certo? De repente, você olha para o chão e vê uma escada. Automaticamente, você se assusta e dá um pulo para trás. Por questões de segundo, um acidente é evitado. Neste caso, a emoção foi boa, pois ela evitou uma tragédia.
Agora, imagine que você está em uma reunião no trabalho e uma pessoa interrompe sua fala bruscamente, quebrando toda sua linha de raciocínio. Certamente, a raiva viria na sequência e se você não controlar o que estiver sentindo, pode reagir de uma forma que não gostaria.
Então, o primeiro passo para aprendermos a realizar a gestão das emoções é aprender a diferenciar os dois tipo. Algumas são boas e importantes para a nossa sobrevivência, outras podem ser impulsivas e nos prejudicar.
Com isso, poderemos avançar em mais conteúdos para aprender a lidar com as emoções do dia a dia.
Existe um dilema muito grande e uma questão latente dentro de nós sobre o que é nossa responsabilidade e o que é responsabilidade do outro. Muitas vezes, nos colocamos na posição de vítima, achando que o universo ou alguém está sendo injusto com a gente, mas devemos fazer sempre a reflexão se não fomos nós mesmos que causamos determinada situação através de nossas atitudes.
Nossas palavras, nossas condutas, nossas ações, nosso esforço, nossos aprendizados e nossas ideias trazem consequências que são completamente da nossa responsabilidade. A Lei do Retorno, também chamada de Lei da “Causa e Efeito”, defende que tudo que fazemos – seja bom ou ruim – de algum modo, cedo ou tarde, voltará para nós.
Da mesma forma que devemos prestar atenção nas nossas atitudes e entender que as consequências delas são responsabilidade nossa, precisamos parar com a síndrome do “super-herói” que sempre quer assumir a responsabilidade pelas consequências das atitudes das outras pessoas. Quando conseguimos tornar isso bem claro, a nossa vida fica mais leve, mais justa e começa a fazer mais sentido.
Portanto, devemos assumir o papel de protagonistas da nossa história e evitar atribuir a responsabilidade aos outros pelo que de negativo ou positivo nos acontece. Cada escolha mostra um caminho diferente, cabe a nós escolhermos por onde desejamos caminhar e construir nossa jornada evolutiva. Aliás, é importante lembrar que “não escolher” já foi uma escolha.
O julgamento é algo intrínseco do ser humano. Mas, nos traz consequências muito negativas e é um dos maiores causadores da dificuldade de vínculos. Ninguém gosta de ficar sendo julgado o tempo todo, de ficar sendo apontado negativamente. Portanto, é importante que trabalhemos, sempre, a suspensão dessa “voz interna chamada julgamento”.
Uma das formas para calar essa voz, é tomando cuidado com a nossa comunicação. Ao falar sobre algum assunto com alguém – seja em uma conversa informal, um bate papo ou um feedback sobre algo específico -, precisamos estar atentos às palavras que utilizaremos e a forma como as organizamos para não sermos cruéis, mesmo que sem querer. É importante não utilizarmos o verbo “ser”, apontando que a pessoa em questão seja “isso” ou “aquilo”. Mas, sim, citar a situação a partir do fato e do contexto. Por exemplo, é diferente falarmos que alguém teve um comportamento agressivo em determinada situação ao invés de falarmos que a pessoa é agressiva. Quando conseguimos analisar o fato em questão, passamos a considerar as atitudes dentro dos contextos, ao invés de julgarmos alguém por esta situação específica.
Outra forma de calar essa “voz interna chamada julgamento”, é parando de interferir na vida das pessoas para resolver algo que elas mesmas podem resolver. Quando fazemos isso, estamos, inconscientemente, julgando o outro de incompetente para resolver seu próprio desafio.
Não é fácil, mas precisamos fazer esse exercício diário para nos livrarmos desses julgamentos. Eles são tão prejudiciais, que podem até fazer mal para a nossa saúde. Além de nos excluir, cada vez mais dos grupos aos quais queremos pertencer. Logo, é muito importante olharmos os fatos, analisar com calma, evitar rótulos e estereótipos, como se as pessoas estivessem dentro de caixinhas e, acima de tudo, sempre olhar para nós mesmos antes de julgarmos alguém.
Imagine-se numa piscina. Agora, você está segurando um objeto que insiste em boiar enquanto tenta escondê-lo. Há um esforço muito grande nisso. Você compete com ele até a exaustão e, sem sucesso, decide soltá-lo para que boie.
Quando mencionamos confinamento, inclusive dentro do ambiente de trabalho, podemos usar essa metáfora para entendê-lo melhor. O esforço que um indivíduo faz ao tentar se esconder, muitas vezes, pode ser energia gasta em potências que talvez nem ele tenha conhecimento do poder que exerce dentro da sua vida profissional.
Os motivos que fazem o profissional esconder algumas qualidades, potências ou atributos podem ser muitos, mas o que mais observo durante as sessões de coaching é o medo de julgamentos dos colegas ou da liderança. Dificilmente conseguimos olhar para nós mesmos e entender como o que consideramos defeito, pode ser uma qualidade marcante e ser usada como uma potência que nos ajuda a alavancar a carreira.
A culpa é do confinado? Aquele que esconde as suas reais potências e se inibe durante a sua rotina de trabalho? Claro que não! Então, podemos colocar a culpa em seus colegas ou suas lideranças, que podem ser considerados os culpados em não o incentivarem a mostrar outros traços de sua personalidade? Também não.
Para que novos traços sejam exaltados, é necessário reconhecer a dualidade de si mesmo e de todos os indivíduos que dividimos o nosso espaço profissional. Tanto quanto um lado pode ser claro ou escuro, uma pessoa que tem ou demonstra “medo” em algumas tarefas do dia-a-dia, não precisa ser necessariamente medrosa, mas sim, alguém prevenida, por exemplo.
No entanto, reconhecer suas nuances, dualidades e transformar os pontos considerados “fracos” em “fortes”, bem como aplica-lo no mercado de trabalho, não é uma tarefa rápida. É uma busca pelo autoconhecimento, aceitação e afirmação da identidade em sua totalidade, aprendendo a explorá-las do modo mais assertivo possível no meio profissional.
Técnicas de coaching, do contrário que muitos pensam, são feitas exatamente para ajudar os profissionais a enxergarem novos horizontes e não mudá-los. O indivíduo entenderá melhor sobre si mesmo e poderá exercer uma performance e prover melhores resultados.
Em toda a nossa vida precisamos fazer escolhas a todo momento. Essas escolhas que, muitas vezes, nos deixam confusos, nos colocam em situações complicadas, incomodados ou, até mesmo, pensando em deixá-las de lado, definem o sucesso e as derrotas da vida. E mais: TODAS ELAS TÊM CONSEQUÊNCIAS.
A liberdade de escolha representa o que difere o ser humano. Ao mesmo tempo que decidir é uma possibilidade, torna-se também um grande sofrimento quando nos mantemos na indecisão e na incapacidade de orientar nossas decisões, já que todas elas são influenciadas pelo inconsciente, pelos sentimentos e repertórios das nossas vidas.
Um posicionamento pode nos custar indiferenças, tristezas, mas, também, muitas alegrias. E é extremamente necessário. A indecisão demasiada pode nos levar ao adoecimento e a um conflito emocional.
Ao nos colocarmos como reféns de uma decisão que pode ser tomada por nós mesmos, é importante que possamos “colocar na balança” os prós e contras, pensando que ela sempre envolverá uma ação e uma consequência. Por outro lado, viver sem um posicionamento ou atrelado sempre às decisões de terceiros, pode também ter um preço muito alto, pois, em algum momento de consciência, vamos adotar uma postura negativa, culpando-os e eximindo-nos da nossa parte na história.
Muitas vezes, adotamos uma postura de procrastinação, tentando empurrar o máximo de tempo possível a tomada da decisão. O que pode até nos ajudar por um tempo (enquanto estamos avaliando algo). Mas, se essa postura for adotada sempre, gerará um ciclo de ansiedade e angústia, pois sempre estaremos “correndo” ou atrasados para resolver algo.
Portanto, devemos ter a consciência da importância das escolhas e suas consequências, para que possamos sempre avaliar da forma mais consciente possível e tomarmos as decisões na hora certa.
Confira um breve “passo-a-passo” com as fases comuns para a tomada da decisão:
• CONFIANÇA E CONTEXTO: Criar um ambiente propício a tomadas de decisão. Perceber como está nosso nível de confiança em relação a nós mesmos e ao contexto no qual estamos inseridos, investigando a situação em detalhes e criando uma visão sistêmica em busca da causa raíz.
• HIPÓTESES: Gerar boas alternativas e explorar as opções possíveis para resolver a questão em nós mesmos, em primeiro lugar.
• IMPACTO: fazer uma ressonância dos problemas e avaliar os possíveis impactos e consequências que essa decisão irá causar. Não só em nós, mas, também, nas pessoas a nossa volta. Uma pergunta que podemos nos fazer para ajudar nesta fase é: “E se eu não tomar essa decisão? Qual impacto esse adiamento irá causar?
• PRIORIZAÇÃO: Selecionar a melhor solução para começar a decisão;
• ENGAJAMENTO: Comunicar a decisão e envolver as pessoas mais importantes;
• MONITORAMENTO: Avaliar a implementação do plano ou ação escolhida para que seja tomada a decisão.
Perdemos a conta quando medimos a quantidade de vezes que falamos e ouvimos a frase “a confiança é a base de tudo”. No entanto, quantas vezes verdadeiramente a consideramos em nossas práticas e em nossos relacionamentos dentro do ambiente de trabalho?
O motivo para que muitas organizações sintam dificuldade em alcançar seus objetivos com clareza ou para executar sua performance com excelência pode ser justamente a falta da relação de confiança entre líderes e liderados, pares ou até entre equipes. A confiança é um dos pilares do relacionamento de trabalho que garante assertividade e que colabora com o senso de percepção e pertencimento da equipe dentro da organização, afinal, como ser produtivo por, em média, seis horas dentro de um ambiente que não te traz segurança ou tampouco confia em você?
Ano após ano estudando a respeito de conflitos organizacionais, técnicas de negociação de comunicação não violenta, pude elencar alguns atributos que podem ser trabalhados para que a confiança seja solidificada dentro das relações profissionais.
Seja coerente: As palavras e promessas, tanto do líder quanto do liderado precisam estar alinhadas com suas ações.
Alinhe suas expectativas: Ao definir as prioridades dentro do ambiente de trabalho, as atribuições do colaborador se tornam mais coesas e estreitam o vínculo entre empresa e funcionário.
Pratique a empatia: Ouvir e ser ouvido, se colocar no lugar dos outros também traz benefícios para os relacionamentos profissionais. A empatia também aguça a percepção, aumentando o senso de urgência para tarefas que demandam mais esforços da equipe.
Diminua pré-conceitos: Deixar de julgar a atitude do colega ou do líder permite que a ligação ao factual se torne mais precisa. Experimente questionar e chegar a conclusões em conjunto antes de tentar entender sozinho os motivos do porque algumas decisões foram tomadas.
Estimule a flexibilidade: negociações de prazos e acordos internos devem ser bem-vindos em todas as relações, uma vez que situações pontuais, muitas vezes, geram desgastes dentro do ambiente de trabalho.
É importante ressaltar que todos os itens que foram elencados acima são sugestões a serem seguidas e não padrões, ou seja, o ideal é primeiro entender o modelo de negócio e atuação da empresa antes de aplicá-los de modo adaptado ao seu ambiente, assim é possível constituir essa via de mão dupla baseada na confiança. Entender o funcionamento quanto ao líder e o liderado – o know how que adquirimos durante a nossa jornada profissional, também garante a assertividade e excelência que já mencionamos. Experimente trabalhar seus atributos diariamente, em conjunto com seus colegas! Os resultados virão em breve.
Todo dia acontecem coisas diferentes nas nossas vidas. Algumas que estão fora do nosso controle, outras que são consequências de escolhas e hábitos nossos. A forma com a qual encaramos esses acontecimentos – sejam eles bons ou ruins -, é extremamente responsável pelo impacto dos mesmos nas nossas vidas.
A forma como vamos significar e armazenar cada acontecimento na nossa vida, determina como vamos agir sobre determinado momento.
O significado pode ser prositivo, negativo ou neutro. E, de acordo com esse significado, tomaremos nossas atitudes. Por isso, é bastante importante que signifiquemos da melhor forma possível. Mas, caso algum significado não seja dado de forma correta, não tem problema!! É importante saber que podemos ressignificar.
Ressignificação é a habilidade que temos de atribuir um significado positivo e satisfatório para um acontecimento que muito nos incomoda ou prejudica, de tal forma que, após ressignificado, passamos a encará-lo de outra maneira, conseguindo extrair novos aprendizados e novas perspectivas de crescimento.
Quem pensa que é fácil, está muito enganado. Estamos programados a sempre encaixar a realidade em nosso quadro de referência, portanto, mudar o curso dos acontecimentos para lançar um novo olhar sobre a situação, demanda um “vôo” para conseguir enxergar de longe todo o contexto e uma aterrissagem para voltar e intervir de forma mais consciente.
Embora não seja fácil, principalmente quando estamos vivenciando o processo, ressignificar é possível e pode trazer muitos benefícios àqueles que se aventuram a ter um olhar diferenciado sobre toda e qualquer situação. Além do mais, feito de forma consciente, com foco, buscando novos aprendizados, novas alternativas e novas motivações para sair de uma situação complexa é uma excelente forma de potencializar sua capacidade de superação em momentos adversos.
Em muitos setores e países, as ocupações ou especialidades mais procuradas não existiam há cinco ou dez anos e o ritmo da mudança deve acelerar. A previsão é que 65% das crianças que entram na escola primária hoje irão trabalhar em cargos que ainda não existem, revela relatório do Fórum Econômico Mundial 2018. O fim do trabalho para toda a vida, a evolução da Internet e das mídias sociais significam que hoje a escolha dos caminhos profissionais está em nossas mãos.
Diante desse quadro, é preciso chamar sua atenção para a oportunidade de crescimento de uma pessoa temporariamente desempregada. Você deve estar se perguntando: “mas é possível”? Vou mostrar que sim!
No início, o desespero promove uma espécie de bloqueio da nossa capacidade de mudança e inibe a ampliação da nossa percepção. O exercício é sair da condição de vítima e assumir a posição de líder da própria história. O que você vai escolher: esperar o mercado se recuperar ou se mostrar um profissional estratégico para as empresas?
Não existe solução pronta. Mas existe um recurso rico que poderá ser utilizado em muitas situações: seus sentimentos. Se você souber utilizá-los, certamente irá se surpreender. Eles auxiliam a ampliar a percepção, enxergar novas possibilidades, além de fortalecer competências para enfrentar desafios pessoais e profissionais.
Gostaria de fazer um convite: cultive a esperança. Costumamos dar um significado paralisante e estagnado para esse sentimento, mas quero que você conheça a concepção defendida pela pesquisadora C. R. Snyder, da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos. Para ela, a esperança é uma forma de pensar ou um processo cognitivo muito útil para nos colocar em ação e se manifesta em três circunstâncias.
A primeira é quando possuímos a habilidade de estabelecer objetivos realistas (sabemos onde queremos chegar). A segunda é no momento em que somos capazes de planejar como atingir esses objetivos, o que inclui a capacidade de sermos flexíveis e desenvolvermos rotas alternativas (sabemos como chegar lá, somos persistente, podemos nos decepcionar e tentar novamente). E a terceiro e última é quando acreditamos em nós mesmos (podemos fazer isso!).
Como você pode perceber, a esperança é uma combinação da capacidade de estabelecer objetivos com a tenacidade e a perseverança de trabalhar as nossas habilidades para alcançá-los. E mais, com a esperança se aprende permanentemente. Snyder sugere que podemos aprender a pensar de modo esperançoso sobre os nossos objetivos, sejam eles quais forem.
Então, se você está passando por um momento difícil profissionalmente, amplie sua percepção para explorar as oportunidades disponíveis, aguce os seus sentidos e sentimentos, substitua o desespero pelo cultivo diário da esperança e vá em frente!
A maioria das pessoas acha que quando demonstramos compreensão ou nos colocamos no lugar do próximo, percebendo que para ele tal situação só é possível daquele jeito, é quase uma demonstração de concordância com tal atitude. Mas não é!
O fato de compreendermos as atitudes da outra pessoa, não significa que concordamos com as mesmas. Para nós, pode ser que não funcione de determinado jeito, mas é possível que haja compreensão e entendimento que, para algumas pessoas, só funciona daquela forma.
Portanto, a maior conexão que o ser humano pode criar com o outro ser humano é respeitar as diferenças e a unicidade de cada um. Entender as peculiaridades, os valores do próximo, as maneiras de fazer escolhas e as diferentes prioridades são demonstrações de compreensão, o que nos ajuda a nos relacionar melhor, tornar a convivência mais leve e acabar com a exigência de que o outro tem que funcionar ou agir da mesma forma que nós, pois isso gera muito desconforto e angústia.
A verdadeira compreensão torna a aproximação mais fluida e aumenta a conexão com o próximo, pois, ao invés da pessoa se sentir criticada e ameaçada, se sente compreendida. Logo, compreender não significa concordar, mas é extremamente necessário para que as relações humanas fiquem cada vez melhores e mais leves.
Quem nunca procurou recordações de algum momento específico e se deu conta de que não as têm registradas com detalhes? Acho que todos nós já passamos por situações como esta. Provavelmente, isso aconteceu porque, naquele momento, nós não estávamos verdadeiramente presentes. E, muitas vezes, não vivemos esta “presença” porque não queremos sentir o que ela, de fato, nos revela.
Exatamente no presente, o passado acabou de acabar e o futuro acabou de começar. Portanto, é neste momento – em que estamos totalmente presentes, em sintonia com a vida – que conseguimos atuar da melhor forma. Logo, é muito importante saber viver, verdadeiramente, este momento.
Muitas vezes não vivemos o instante, pois ficamos presos no passado – por culpa de não termos feito algo que deveríamos ter feito -, ou no futuro – ansiosos de termos que fazer algo que não sabemos se vamos conseguir ou não. E acabamos vivendo apenas de passado e futuro.
O excesso de passado pode nos jogar em uma depressão, com a sensação de que sempre faltou algo a ser feito. Assim como o excesso de futuro, que nos leva a uma idealização e expectativas muito grandes, podendo nos gerar um processo de ansiedade.
A solução para isso é sair do movimento de pêndulo (passado/futuro) e buscar o caminho do centro. Estar centrado é viver o presente, contemplando todo o nosso repertório do passado e nossos planos em relação ao futuro. Mas sempre consciente de que só podemos fazer algo “aqui e agora”, no momento presente. Todas as nossas forças devem permanecer juntas e nos mover para onde queremos ir, sem nos distrairmos com as possibilidades e sem nos determos com o passado.